sexta-feira, 28 de agosto de 2009

When all that you need to love...

(...)
Morning is walking up
And sometimes it's more than just enough
When all that you need to love
Is in front of your eyes
It's in front of your eyes

And i never wants to let down
Forgive me if i slip away
Sometimes it's hard to find my ground
Cause i keep on falling as i try to get away
From this crazy world...


A Manhã está acordando
E as vezes é mais do que o suficiente
Quando tudo o que você precisa é amar
Está na frente dos seus olhos
Está na frente dos seus olhos

E eu nunca quero te desapontar
Desculpe-me se eu fujo
Às vezes é díficil achar o chão
Porque eu continuo caindo enquanto tento escapar
Desse mundo maluco...

FEBRUARY SONG (John Ondrasik/Josh Groban/Marius de Viers)
Singer: Josh Groban

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Verde que te quero verde...

No terço final do ano passado, 2008, vimos instalar-se, em todo o Mundo civilizado, a maior crise econômico-financeira desde o "crash" da Bolsa de NY, em 1929. Os frágeis fundamentos da denominada "economia de Mercado" vieram à tona, deixando claro a todos que se fazia necessária uma aprofundada análise sobre as razões para permitirmos que tudo aquilo se desse e quais as possiblidades para a superação daquele crucial instante da nossa História.
Sob o ponto-de-vista estritamente Filosófico, um instante interessantíssimo da Humanidade, pois trouxe-nos à necessidade de refletirmos sobre temas desagradáveis, pouco palatáveis, entre os quais a possibilidade de controle de finanças, de instituições públicas e privadas, de cada vez menores lucros em um ambiente quase que estritamente capitalista...e por aí nossos pensamentos seguiram.
Hoje, meados de Agosto de 2009, temos a sensação de que o pior desta tal "crise" foi superado. A questão que atualmente é objeto de análise dos cultos é se essa sensação é verdadeira, real, palpável, justificável, ou não passa de uma simples sensação, como o próprio nome sugere.
Desde que a "crise" se instalou em nossos Televisores e pela Internet, muitas coisas variaram. O País dito "líder" do Mundo Capitalista elegeu um Presidente negro, o primeiro de sua história. Além de pertencer a uma raça que até pouco tempo era escravizada dentro do próprio USA, esse novo Presidente, aparentemente, é bastante vanguardista, se comparado ao seu antecessor. Inclusive em se tratando de questões econômicas, pois enfrentou a "crise", senão com proficiência, com galhardia, atacando pontos nodais da dita "economia de Mercado" que havia tomado conta do seu País e, de lá, conquistado todo o Mundo.
Mas, ao meu sentir, a primordial alteração propiciada pela "crise de 2008" começa, agora, a apresentar-se. Trata-se de um movimento que já existia, nascido no Norte Europeu em meados dos anos de 1980, mundialmente debatido na década de 1990, duramente criticado e ridicularizado pelos "economistas de Mercado" no início dos anos 2000 e que, por sobreviver a tudo isso, já demonstra toda a sua inequívoca fortaleza.
Trata-se da chamada "Alternativa Verde", baseada no que se denomina "preceitos da Economia Verde". A tal alternativa apregoa que, diante de um cenário tão robusto de crise, não bastaria atacar-se apenas os resultados da "crise de 2008", mas, sim, as suas causas, a tal "economia de Mercado", que sustentava a lucratividade acima de qualquer outro preceito.
Muitos dos "eco-chatos" dos anos 1980 hoje são, ao menos em parte, compreendidos. É óbvio que esses sujeitos também se transformaram, se aperfeiçoaram, mudando algumas de suas condutas, deixando de sustentar a radicalização como única via para a imposição de seus ideais.
Recentemente, em evento ocorrido em Brasília/DF, presenciamos o Presidente de um dos maiores grupos econômicos do Mundo Capitalista, a Vale, empresa brasileira que internacionalizou-se a partir de sua privatização, Sr. Roger Agnelli, afirmar que o grande desafio do Século XXI não é remediar a atual crise econômica-financeira, mas, sim, refletir sobre as novas possibilidades geo-políticas e sociais que surgem. Para Agnelli, pensar na "Economia Verde" seria pensar em uma nova forma de prevalecência do Homem no Planeta, raciocinando sobre novas e limpas formas de energia, de baixa emissão de carbono, de novas possibilidades de realização e efetivação (finalmente!) do "desenvolvimento sustentável".
A Senadora Marina Silva, ex-PT e que, ao que tudo indica, será candidata à Presidência do Brasil no próximo ano, concorrendo como candidata do Partido Verde (PV), afirmou, no mesmo evento, que a "economia Verde" apresenta muitas novíssimas possibilidades à Humanidade, até mesmo do ponto-de-vista econômico-social, como a geração de novas carreiras e profissões, novas formas de geração e distribuição de conhecimento e de riquezas, novas oportunidades.
Particularmente, sem aprofundar-me na análise da questão, creio que está mais do que evidente que a Humanidade precisa, urgentemente, repensar o seu papel no Planeta. Até os nossos dias, nós não compartilhamos de suas riquezas naturais: apenas as exploramos. E exploramos de uma maneira pouco racional, desinteligente, eis que assim agimos até o seu esgotamento.
Se assim continuarmos a atuar sobre o nosso "Quintal", como meros predadores, sentiremos, brevemente, efeitos incrivelmente terríveis, além do que podemos imaginar. Ou você já parou para pensar, seriamente, que a água, por exemplo, trata-se de um recurso mineral esgotável? E imaginou, assim, como seria a nossa existência sem água?
Acredito que as crises geram excepcionais oportunidades. E a maior oportunidade nascida na "crise de 2008" é o exercício de reflexão sobre o nosso futuro no Planeta, sobre qual modelo de coexistência pretendemos fazer prevalecer pelos próximos Séculos. É o exercício de pensarmos, talvez pela primeira vez, a longo e longuíssimo prazos, esquecendo-se, um pouco, do dia de amanhã.
Se a tal "economia Verde" for capaz de nos ensinar um futuro melhor, mais lógico, menos predatório, de relações humanas mais verdadeiras e menos complexas, de desenvolvimento intelectual, moral e econômico, de respeito à Natureza e de coexistência pacífica e racional com todos os seus recursos postos à nossa disposição, que este ideal venha com força e se instale em cada um de nós!
Que a "Alternativa Verde" se transforme em "Realidade Verde". Por uma Humanidade melhor e mais evoluída. Por um futuro mais limpo. Em todos os sentidos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A ausência e a presença.

Somos dependentes dela. A confiança arma a alma para os vôos do espírito.
Quando repletos de confiança, temos a sensação de que podemos tudo, com e para todos. Temos fortaleza para superar as piores experiências, os nossos piores pesadelos.
Quando vazios, sem qualquer confiança, tropeçamos até mesmo em uma minúscula formiga. E quase não conseguimos levantar...
Os seres humanos possuem como característica a variabilidade de humor. Certamente, essas saudáveis nuanças de humor, de crenças e de confianças, funcionam como um verdadeiro elixir, capaz de manter a nossa sensatez.
Quando recheamos o nosso espírito com a força decorrente da confiança, somos melhores, capazes de maiores e boníssimas realizações. O inverso apenas nos possibilita atos menores, sem expressão, tampouco repercussão.
Para o amor, é preciso confiança. Mas não me refiro somente àquela confiança que necessariamente depositamos sobre a pessoa amada. Para amar é preciso estar e sentir-se confiante.
A confiança atua como a chave para o amor. O amor somente se dá se se sentir abraçado, acarinhado. Assim, torna-se confiante e, sentindo-se confortável, ganha força para tomar conta do todo o nosso corpo, a começar pelo coração!
Se você ama verdadeiramante, compreende todas as variáveis desta equação.
Mas se você, por acaso, ainda não ama e pretende amar, inicie essa trilha para a Felicidade analisando se é capaz de confiar em si mesmo, nos seus sentimentos, na sua intuição. Confie na sua natureza.
A presença da confiança no seu ser será prescentida pelo Amor, que se instalará na sua vida, transformando-a.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O comodista e o Sonhador.

Você, certamente, já se deparou com o tipo. Sabe aquele sujeito ou aquela guria que se acomoda à qualquer situação com uma facilidade de dar inveja?
Para estes não há "tempo ruim". Tudo serve e a tudo servem. Imagino como deve ser estranhamente vazia e sem sal nem açúcar as vidas dos comodistas, pois se sempre tudo está bom, nunca algo estará ruim. Que vida mais monótona!
A opção por ser um comodista é até lógica: é muito menos estressante e desgastante dispor de um vida sem altos e baixos, sem grandes expectativas e, como consequência, grandes decepções. Mas será este o objetivo do presente que é a própria Vida?
Não costumo criticar, de maneira vazia, pelo simples hábito de fazê-lo, qualquer estilo de vida ou pessoa. Procuro respeitar as eleições, as escolhas de cada um. Até por que somos indivíduos. E cada Vida é uma Vida. E cada um de nós deve ser capaz de realizar as suas escolhas. Mas deve ser, também, capaz de arcar com as responsabilidades daí decorrrentes.
É por esta razão que resolvi dispor destas linhas: se vivêssemos em um Mundo de comodistas, não teríamos descoberto ou desenvolvido o fogo, a roda, as leis, a eletricidade, as mais variadas formas de comunicação, de locomoção, não teríamos avançado diante de outros continentes, não teríamos nos lançado, como Humanidade, às grandes navegações marítimas e espaciais...enfim, estaríamos, ainda, habitando alguma caverna, passando muito frio e habitando um Planeta que certamente não teria sido dominado por nós.
Desta forma, por ser naturalmente um inconformado, o Homem acabou por dominar a Terra, avançando como desbravador. Mas todo esse inconformismo, toda essa sanha desbravadora, está prestes a cobrar da Humanidade um alto preço.
Ultrapassamos todos os limites da razoabilidade. Nós, seres humanos, inconformistas, estamos sempre "inventando", "criando". E as nossas últimas gerações extrapolaram na sua "inventividade", "criando" uma forma de convivência que preza pelo desrespeito a tudo e a todos.
Não respeitamos a nós mesmos, quanto mais aos limites de nosso Planeta.
Não nos tratamos com a cordialidade que sempre caracterizou a Humanidade. E tratamos com o mesmo desdém o Meio-Ambiente, como se o Homem não fosse mais um animal pertencente ao Eco-Sistema vigente.
Seguimos por uma trilha perigosíssima. Na mesma proporção das excepcionais oportunidades que temos, em razão dos adventos tecnológicos que diariamente são colocados ao nosso dispor, estamos prestes a nos condenar como civilização.
Social e economicamente, estamos seguindo o caminho da "extinção". Espiritualmente, seguimos o caminho da sombra, não o da iluminação.
As consequências imediatas são sentidas por todos nós em todos os dias, como a poluição (de todas as qualidades), o trânsito, o desamor de uns pelos outros. Mas as consequências mediatas, a que estão por vir, as mais graves, é que certamente precisariam ser analisadas e, se assim ainda for possível, evitadas.
Sob pena de termos que nos conformar, todos, em meros comodistas e assitirmos tudo ruir sem que realizemos algo em sentido contrário.
Eu já fiz a minha escolha: prefiro ser um otimista, um idealista, um sonhador e lutar contra todas as circunstâncias, crendo na Humanidade, por mais uma vez. Até hoje, foram essas "bobagens" tais quais os sonhos, os anseios, os ideais, que levaram às maiores conquistas da Humanidade. Assim, tenho o direito inalienável, assim como você, de permanecer sonhando e vivendo o sonho de que somos capazes de reconhecer os nossos erros e de supera-los, no sentido do Bem-Viver.
Basta sonhar. Basta acreditar.
Seremos capazes de faze-lo?

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A alternativa.

Um dos grandes segredos dos projetos mais bem sucedidos da História encerra-se no fato de existir, sempre, uma alternativa para o caso de o objetivo principal não ser alcançado.
A alternativa acaba por funcionar como o "porto seguro" da História, seja esta a nossa história individual, seja esta a História, com "h" maiúsculo, a universal.
A alternativa gera confiança, pois aos atores de um dado fato é possibilitado arriscar no atingimento do escopo principal de um determinado projeto ou de uma ação. Se esse ato de risco não atingir o objetivo pretendido, tudo bem: há o objetivo alternativo, tão útil quanto o principal.
É óbvio que, em muitos casos, as pessoas acabam por se acomodar pelo simples fato de saberem que há uma alternativa para o caso de um erro, de um equívoco. Não me refiro, certamente, a esta qualidade de alternativa.
Refiro-me àquela alternativa sadia, que somente se apresenta quando necessária. Ela não serve como desculpa, como a "muleta" dos fracos, que desistem do escopo essencial de suas ações logo no primeiro percalço surgido.
Na ciência, muitas das drogas, técnicas cirúrgicas, de construção e de tratamentos a que somos induzidos, apresentados ou submetidos eram, no princípio de seus estudos, meras alternativas. Quantas soluções "alternativas" são aplicadas cotidianamente nos Tribunais do Mundo para a solução de conflitos? Nos relacionamentos humanos, quantas "alternativas" não surgem como a mais adequada condição para as suas saudáveis manutenções?
A alternativa é dotada de força própria, inerente.
Mas, até, hoje, não consegui desenvolver ou compreender a idéia de existir alguma alternativa em face da felicidade, o escopo da Vida.
O objetivo da Vida é viver feliz. Não resta dúvida. Mas e quando isso não é inteiramente possibiltado, por razões múltiplas?
A resposta, ao meu ver, está no fato de que não existe alternativa para o caso. Nós, seres humanos, estamos condenados a sermos felizes. Mesmo que você não queira.
Portanto, quando tudo parecer cinzento, acredite: é apenas uma nuvem, não o panorama. E as nuvens....ah, as nuvens...elas passam! Basta uma pequena brisa que estas se dissipam, vão embora!
Assim, seja feliz! E acredite, com todas as suas forças, que o seu destino está entrelaçado à felicidade.
Esta é a verdadeira alternativa.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Esse tal de Amor...

Um dos mistérios da Vida é tentar entender como e por que as coisas ocorrem.

Contudo, tenho questionado se seria permitido aos seres humanos dispor desta compreensão.

Hoje, após ter vivido algumas experiências, creio que o tal "mistério da Vida" está nisso mesmo: no fato de não nos ser autorizado que compreendamos algumas coisas...

O ser humano é capaz de dominar as Ciências ao ponto de realizar viagens espaciais, chegar até a Lua e, quem sabe proximamente, até outos planetas; é capacitado para resolver as equações matemáticas mais complexas; é dotado o suficiente para gerar clones, até mesmo humanos...; consegue descobrir e desenvolver novas fontes de energia...mas não é capaz de explicar o sentido deste tal de Amor...

Muitos poetas, entre porres homéricos, já tentaram definir o tal do Amor. Mas todas estas definições, ao meu ver, guardam estreita relação com os momentos pessoais de cada destes autores.
Deste modo, podemos chegar a conclusão de que o problema da definição do Amor está no fato de o objeto de análise ser...o tal do Amor, que é quase indefinível....
O tal do Amor é um sentimento só, mas diferente para cada pessoa. Assim, como atingir a definição de algo que se apresenta de uma forma díspare a cada um de nós?
Amor é cumplicidade? Amor é desejo? Amor é Liberdade? Amor é dependência? Amor é sexo? Amor é sentir-se amado, desejado, cúmplice e ao mesmo tempo dependente e vivo sexualmente?
Sei lá...cada um que busque a sua definição de Amor...eu estou chegando perto da minha.
E me aproximo da minha pessoal definição de Amor na medida em que analiso o que já fiz e desfiz na minha vida dita "amorosa".
O ser humano atua por conveniência. Ninguém, em sã consciência, aprecia ver a sua esfera de segurança, sua zona de conforto, atingida, atacada. A não ser os gênios, que são destemidos ao ponto de não terem qualquer receio de utilizarem as suas inteligências para mudar o Mundo!
Como não estou inserido na categoria dos gênios, agi como um ser humano comum, ordinário, ao me deparar com esse tal de Amor...
Eu, hoje, admito que fiz isso por muito tempo. Agi convenientemente, "amando" quem eu acredita ser mais interessante amar, escapando deste tal de Amor...
Mesmo assim, acredito no tal de Amor. Sempre e para sempre.
Sei que isso pode soar estranho, mas assumo, abertamente, esse meu "desvio de conduta". Infelizmente, não nasci tão esperto quanto outras pessoas e aprendo me equivocando, errando e assumindo esses meus "erros amorosos", orgulhando-me de cada um deles, que fazem e farão parte da minha história, da minha Vida.
E por que agi assim?
Hoje sei que foi por medo. Medo do tal de Amor. Do Amor. Aquele, que toma de assalto o corpo e a alma, ao mesmo tempo. Aquele que faz com que toda a razão sucumba.
Como nunca encontrei uma definição que me convencia sobre o que seria esse tal de Amor, fiz o mesmo que o Diabo faz quando se depara com a Cruz...lançando-me em situações que me seduziram. Caí, portanto, em tentação. Uma tentação boa, diga-se de passagem, pois nenhuma das pessoas com quem me relacionei foi desagradável. Graças a Deus!

E foi o conjunto destas experiências que me fez encontrar a minha verdade sobre o tal de Amor.

Assim como os poetas, cheguei ao ponto de poder definir o que vem a ser, no meu caso, o tal de Amor. Não pretendo impor a minha definição a quem quer que seja. Apenas pretendo externa-la...pois ela é tão, mas tão grande que não cabe mais no meu peito!!

Hoje, quando olho para você, quando escuto a sua voz, quando sinto a sua aproximação e quando inspiro o seu cheiro...sei que isso certamente é o tal de Amor.

O "tempo perdido" não foi tão "perdido" assim, pois aprendi que te Amo.

Lamento, apenas, não ter vivido todo esse tempo ao seu lado, Amando o meu Amor.

Por respeitar o tempo em que fingia não te Amar, é que peço para você me deixar penetrar na sua Vida, nas suas crenças, nas suas experiências, no seu destino. Hoje sou melhor do que já fui, por sentir-me pronto para te Amar.

Será que ainda tenho uma chance? Será que ainda há tempo?

Se você me permitir, prometo parar o Tempo, para que todos os anos em que não estive ao seu lado se igualem aos em que viveremos juntos!

Prometo que faço chover, aquela chuva gostosa de final de tarde de Verão! Transformarei o dia em noite só para que a gente possa dar o nosso primeiro beijo sob o Luar e a luz das estrelas!

Mas se você não me permitir...prometo que te amarei do mesmo jeito, pois agora que descobri o que é o tal de Amor...não pretendo deixar que ele escape!


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Pelo jeito, o negócio é cantar!

Apesar de a absoluta maioria de brasileiros e brasileiras não se importarem nem um pouco em entender o que está acontecendo no Senado Federal, a maior crise da história política moderna do Brasil teve mais um capítulo curioso nesta sexta-feira, dia 07/08/09...
Ao invés de estreitar as investigações sobre a falácia que foi a defesa/discurso que o Seu Bigode proferiu na Tribuna do Senado, o Senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, que presidia a sessão, resolveu homenagear o próximo Dia dos Pais, que será celebrado neste Domingo.
Tudo bem que é papel do Senado fazer aluções a estas datas sobremaneira importantes, entre estas o Dia do Ovo, por exemplo (sim....existe, por Lei, no Brasil, o Dia do Ovo...). Mas no cerne de um momento tão relevante como este, certamente que os papais brasileiros prefeririam ver os fatos relacionados ao "latifúndio" que Sarney estabeleceu em Brasília sobremaneira esclarecidos, ultimados, ao invés de serem homenageados pelo Senado Federal.
Daí, meus caros, logo após Paim homenagear os papais brasilinos, pede a palavra o Senador Eduardo Suplicy, do mesmo PT, mas agora de São Paulo, para apresentar ao mundo mais um surreal capítulo da nossa história política: Suplicy, sensível à homenagem de Paim aos papais, resolveu cantar "Fathes and Sons", de Cat Stevens, no Senado...
Eu respeito muitíssimo o Senador Suplicy. Um sujeito culto, educado, completamente diferente da absoluta maioria de personalidades que permeiam o nosso Senado. Mas o Senador Suplicy precisa parar com estas suas estranhas manias, a de cantarolar na Tribuna do Senado e a de somente falar, quando não canta, sobre o tal programa de Renda Mínima. Pelo amor de Deus!
Francamente, creio que o momento político nacional não está para cantorias, né?
Se seguirmos os exemplos de pessoas como o Senador Suplicy, sendo cultos, educados, mas totalmente alienados, iremos interromper as conversas tensas das nossas vidas cantarolando...ou iremos falar, a vida toda, sobre um mesmo tema...como futebol, por exemplo.
E o que produziremos de útil para a sociedade sendo e agindo desta maneira?
Nada, absolutamente nada. Produziremos, apenas, uma sociedade de alienados. E os Bigodes da vida querem exatamente isso...assim poderão criar novos latifúndios em Brasília, empregando seus amigos, sobrinhos, namorados de netas, favorecendo seus capangas.
Não sustento, de forma alguma, que sejamos "issspérrtus", levando a tal Lei de Gerson como a Lei da Vida. Mas defendo que a Política, por sua relevância, por tratar do nosso presente e do nosso futuro, não seja o melhor local para os ingênuos. Idealistas, sim! Ingênuos, nunca!
É! Pelo jeito, o negócio, mesmo, é cantar: "... Eu não tenho data pra comemorar, Às vezes os meus dias são de par em par, Procurando uma agulha num palheiro... Nas noites de frio é melhor nem nascer, Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer, E assim nos tornamos brasileiros... Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro, Transformam o país inteiro num puteiro, Pois assim se ganha mais dinheiro... A tua piscina tá cheia de ratos, Tuas idéias não correspondem aos fatos, O tempo não pára..." (Cazuza e Arnaldo Brandão, O tempo não pára).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Eu já desconfiava que a lenda dos Highlanders não era assim tão lendária...

Quem viveu os anos 1980/1990 lembra-se de um certo ator francês chamado Christopher Lambert dando vazão ao mito do "Highlander": o imortal MacLoad, escocês, passando por maus-bocados, sendo ferido mortalmente em uma batalha por uma donzela nos idos de 1536, ressucitando do nada, vendo seus parentes correrem achando que o tal sujeito era o capeta em pessoa...e por aí vai a tal história, que tem até um outro Highlander espanhol, o incrível Sean Connery, que explica ao atormentado escocês o que seria um "Highlander" e como se defender das certas e sucessivas tentativas de tomarem suas forças e toda a sua sabedoria acumulada ao longo de sua imortalizada existência.
Segundo o filme de 1986 (é...o tempo passa...), o Highlander seria um imortal que somente padeceria se arrancassem a sua cabeça. Coisa meiga. E o sujeito que conseguisse vencer um imortal em batalha, decaptando-o, receberia como prêmio todas as aptidões do imortal vencido, física e intelectualmente.
Somente muito wisky escocês para criar um enredo destes, né, sem pé e sem cabeça, literalmente. Mas o sucesso deste filme se deveu certamente à excepcional atuação de Connery e, também, à música tema, do Queen, "Who wants to live forever".
Enfim, até hoje, dia 05 de agosto de 2009, achava que a lenda do Highlander era uma exclusividade de algum escocês. Errei.
Segundo o que me contaram, o Highlander existiu, sim, na Escócia, as tais "Terras Altas". O tal sujeito tinha uma vidinha entediante por lá, numa friaca de dar dó, usando seu kilt xadrez, que deixava o frio daquelas bandas invadirem as suas partes, sentado em uma escarpa qualquer, com um vista medonha, e se enchendo do mais puro malte escocês. Diante destes aspectos medonhos de uma vida sem propósito, o tal sujeito resolveu andar até a vizinha Inglaterra e embarcar em uma nau qualquer, com destino ao "Novo Mundo".
Ao desembarcar, após meses de navegação, perguntou ao primeiro sujeito que viu onde se encontrava. Para sua surpresa, ouviu: "Maranhão, Brasil, milorde..."
Em terras tupiniquins, o Highlander conheceu, em uma noite quente e úmida de São Luis, uma madame, tendo se engraçado pelo tal saiote, perdendo, então, a cabeça, depois de se embebedar de Guaraná Jesus. Não se sabe se literal ou figurativamente. Mas o que se sabe é que o escocês imortal embuchou a tal maranhense e desapareceu.
Nove meses depois, nasceu José, fruto do amor da tal maranhense e do escocês bêbado de Guaraná Jesus e desaparecido no cerne da Amazônia.
A mamãe de José, orgulhosa, não sabia com qual nome registrar o tal brasileirinho. Mas lembrava que o escocês gulosão se identificava perante todos como "Sir Ney". Registrou o moleque, então, como José Sarney...
O que a tal mamãe maranhense não poderia imaginar, no entanto, é que o jovenzinho José havia herdado os poderes de imortalidade do papai escocês.
E assim segue a história de José, amaldiçoado pela imortalidade herdada de seu papai escocês, transformando-se em advogado, depois político, depois dono de um conglomerado de comunicações que envolvem rádios, emissoras de televisão e jornais.
E o Highlander José permanece vivo até nossos dias. Hoje, mudou seu domicílio para o Amapá, por amor, obviamente,a tão edílico Estado da Federação. E exerce o cargo de Senador da República, lá em Brasília.
E mesmo diante de uma avalanche de denúncias contra si, o tal Highlander resiste ao cargo, sabe-se lá até quando...
Moral da história: pelo amor de Deus, alguém em Brasília poderia comprar uma espada do Século XVI, invador o Congresso Nacional, dirigir-se ao plenário do Senado e cortar a cabeça do José???
Já sei por que ninguém faz isso: imagine herdar toda a "força" e "sabedoria" do tal highlander??

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A Guerra dos Lobos

Somos brasileiros. Feliz ou infelizmente, essa é a nossa realidade. Somos fruto de um País complexo e cheio de complexidades. De uma beleza natural que impressiona. Mas de uma pobreza de alma que desencanta.
Um dia, ainda quando era bem pequenininho, me contaram que este nosso País possuía todos os atributos para "chegar lá", se transformando em uma nação independente, culturalmente estabelecida, sólida intectual e moralmente, com instituições públicas e privadas invejadas mundo afora, assim como a denominadas "grandes potências". Me disseram, também, que esse Brasil somente surgiria quando a tal Ditadura Militar padecesse, dando lugar à Democracia, pois somente esta poderia democratizar os meios de acesso à cultura, ao conhecimento e, consequentemente, à riqueza intectual, moral e, como corolário, financeira.
E eu acreditei.
Os anos se passaram. Eu cresci. A Ditadura caiu. Veio a chamada redemocratização do Brasil. E com esta, um tal de Sarney apareceu na nossa História.
Um homem, nesse período da redemocratização, apareceu perante a opinião pública brasileira como o nosso "Salvador da Pátria". Político experiente, o mineiro Tancredo Neves aparecia, em todos os meios de comunicação possíveis e imagináveis, como o homem que desbancaria as trevas impostas à Nação, fazendo, braços dados com a "deusa" Democracia, nascer o verdadeiro Brasil, acordando, enfim, esse "gigante adormecido".
Como excepcional conciliador que era, Tancredo percebeu a proximidade de sua vitória no Colégio Eleitoral que se realizaria em 1985. E para aplacar, ao menos um bocado, qualquer ranço dos conservadores, Tancredo escolheu como seu Vice um homem que circulava por todo e qualquer meio político, haja vista ser daquela espécie peçonhenta de político que rasteja por todos os cômodos da casa, sem qualquer pudor. Para os membros desta espécie política, pouco importa a legenda, o partido, o eleitor ou o eleitorado, desde que seus negócios e suas negociatas, que alavancam a sua fortuna pessoal e a de seus familiares, puxa-sacos e afins, não seja atravancada.
O que Tancredo não poderia imaginar é que este ser peçonhento, ex-Arena, ex-PDS e, desde aquela época, PMDB, assumiria o "trono". Tancredo foi eleito pelo tal Colégio Eleitoral. Mas faleceu sem sequer encostar o seu bum-bum no assento da Presidência da República. Sarney assumiu em seu lugar, como Vice que havia sido eleito, para dar "legitimidade" ao processo eleitoral havido no Congresso Nacional.
Sarney assumiu. Criou uma moeda nova, um plano econômico novo. Criou um monte de fiscais que deveriam denunciar o aumento de preços injustificados nos mercadinhos da vida. Não deu certo. Aí Sarney criou outra moeda e outro plano econômico. Também não deram certo. E Sarney, esse camaleão rastejante da nossa história política, não desistiu e criou mais outra moeda e mais outro plano econômico, que também não deram certo.
Tudo isso, dizia ele e seus amiguinhos, na tentativa de fazer o Brasil "dar certo".
Por culpa desta sucessão de imbecilidades, um então jovem político nordestino, de nome pomposo, Collor de Mello, apareceu no Jornal Nacional sob a alcunha de "Caçador de Marajás". E deve ter sido uma senhora caçada esta, pois no ano seguinte ele foi eleito Presidente da República, em eleições diretas, pois boa parte da gente tinha medo do tal "Sapo Barbudo", que era bem mais barbudo do que é hoje em dia.
Collor lançou um plano econômico ótimo, confiscando o dinheiro de todo mundo, restringindo os saques de poupanças até um valor pouco superior ao de umas 5 cestas básicas. Uma idéia brilhante, pois haveria, assim, menos dinheiro circulando e os preços, portanto, não poderiam subir pois sobraria mercadoria nas prateleiras das nossas vidas.
Obviamente não deu certo o tal plano e o tal de Collor entrou para a história: foi chamado pelo George Busch "Pai" de "Indiana Jones" (pois andava, corria, escalava, andava de jet-ski, de avião, fazia caraté, mas não Governava) e foi o primeiro Presidente Brasileiro a ser impichado, termo nascido por conta deste tal Collor.
O tempo passou. Tivemos um Itamar em nossas vidas que, ao menos, gostava de coisas boas, como mulheres sem calcinha....
Depois, tivemos por duas vezes um FHC em nossas vidas, que realizou algumas coisas ótimas e outras horríveis. Dois mandatos, portanto, de extremos. Para o bem, o surgimento do Real, nossa moeda mais forte em toda a História. Para o mal, as mal-explicadas privatizações de tudo por um preço estranho, muito estranho. Mas, enfim, dizem que se não fossem as privatizações, nem dinheiro para o cafézinho o governo federal teria.
Aí surgiu a estrela. Finalmente, depois de incontáveis tentativas, o tal "sapo barbudo" aparou as madeixas e elegeu-se Presidente. Na minha visão, míope, claro, esse seria "o cara": nascido na pobreza do sertão pernambucano, criado na explorada metalurgia do ABC paulista, pobre de nascimento e por ausência de oportunidades, aleijado de um dedo...esse sujeito tinha tudo contra si e, mesmo assim, alcançou o posto mais alto da nação! Somente um sujeito com este histórico de vida poderia compreender quais as reais necessidades das camadas mais empobrecidas da nossa sociedade e realizar um governo transformador, concessor de oportunidades!
Ledo engano, pois esse tal "sapo barbudo" se aninhou no poder de tal forma que não quis saber mais de nada a não ser de seus "companheiros". O Poder seduz, nós sabemos. Mas a que ponto ele chegou?
Ao ponto de aliar-se ao rastejante Sarney e de beijar, em público, seu algoz Collor, hoje eleito (pode?) Senador pelas Alagoas...
E a nossa história, de povo brasileiro, aí está calcada, meus caros.
Estamos nós no cerne desta disputa entre ter mais ou menos. Poder, dinheiro, prestígio. Para eles, tanto faz, pois o que importa é deter, possuir, ter. Jamais ser.
Estamos nós, ovelhas magras, desnutridas e idiotizadas, lançadas no centro desta verdadeira Guerra dos Lobos, cujo objetivo primordial é atacar, admoestar e trucidar, a cada dia mais um pouco, estas tais ovelhas.
Eu cresci. Muitos de vocês, que lêem estas linhas, também cresceram ao longo dos últimos anos e décadas. E a nossa História? O que fizemos para que ela fosse diferente do que é?
Nada. Absolutamente nada.
Mas lembrem-se: formamos um enorme conglomerado de ovelhas em face de uns poucos lobos. Se resolvermos nos insurgir, é evidente que perderemos muitas ovelhas. Mas estes tais lobos não conseguiram digerir todos nós. Até por que a grande maioria destes lobos é covarde e fugirão, ao menor sinal de perigo. E, no final, as ovelhas é que trucidarão os tais lobos.
Basta acreditar que o sacrifício vale a pena.
Eu acredito.
E você??