quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O que seria da vida sem vida?

Muita gente nasce. No mundo todo, todos os dias, todas a horas, todos os minutos. Nasce um monte de brasileirinhos, de argentinozinhos, de japonesinhos, um montão de indianinhos e de chinesinhos.
Mas o simples fato de nascer não significa que as pessoas irão viver.
Para viver, mas viver mesmo, rasgada e perdidamente, não basta nascer. Tem muita gente morta em vida. Por que simplesmente se esqueceu de viver.
Para viver não basta respirar. É preciso sentir o cheiro da vida. Processar nos órgãos respiratórios todos os aromas da vida.
Para estar vivo, não basta sentir o coração bater. Se faz absolutamente essencial sentir o bater de um coração repleto, cheio de amor. Para dar e receber.
Para viver, não basta pensar. É preciso afastar os pensamentos baixos, a mesquinhez, ocupando a mente com pensamentos altivos, capazes de produzir tão-somente o bem!
Para viver, não basta sentir o corpo. É a alma a essência da vida, não a matéria.
Assim, para viver, é preciso querer viver, se dar à vida, permitindo que as pessoas se doem, penetrem, de assalto, em nossas almas, mentes, corações e pulmões.
Para viver, verdadeiramente, basta acreditar na vida!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O preço lindo das nossas louras escolhas.

Você já parou para pensar no que é a Vida, esse fenômeno complexo e intrigante ?
Depois de muitas "cabeçadas", deparei-me com esta questão. Me vi refletindo sobre o sentido da Vida.
Até aí, nada de anormal, pois desde que o Homem passou a habitar esse planetinha danado de bonito, sempre haverá um mané, em um canto qualquer, meditando sobre isso.
É: mané.
Por que mané? Pois se o sujeito fosse minimamente razoável, ao invés de pensar sobre o tal "sentido da Vida", deveria facilitar as coisas e simplesmente...VIVER!
Pode, a muitos, parecer uma concepção simplista. Mas ouso discordar disto, pois a Vida está aí, para ser usurpada, estuprada, devorada, para ser jogada na parede e ser chamada de lagartixa!
O maior desafio é, indubitavelmente, Viver. Mas Viver mesmo, intensa e rasgadamente, sem receio do inesperado. Esse é o Segredo (acho que irei escrever um livro a respeito disso...).
Sim, pois se o inesperado for capaz de nos deter, melhor será nem Viver. Vegete. Escolha um vaso qualquer e se plante por lá. E fique apenas observando a Vida, sem interagir com ela ou com todas as chances que ela nos traz!
A Vida é o inesperado, é o imprevisto. Nos deparamos com o inesperado a cada passo, em cada esquina.
Assim, seu mané, para de ficar pensando no "sentido da Vida" e passe a Viver!
Ou então, arque com essa sua escolha, se transforme em algo tão importante quanto um apontador de lápis (!!!) e deixe a Vida passar à sua frente, loura, linda, cheirosa e te dando um oizinho.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Fora normalidade!!!!

No ano passado, 2008, já utilizei o texto que se seguirá, de Oscar Wilde.
Para quem não conhece O. Wilde, qualquer (bom) site de buscas poderá esclarecer os motivos para tamanha devoção ao seu trabalho, até os nossos dias.
Para muitos, Wilde deve ser considerado um dos maiores, senão o maior, dramaturgo e escritor da Língua Inglesa.
Na minha opinião, Wilde deve ser considerado o maior contraventor dos rígidos princípios morais bretões. Um sujeito que resolveu, a partir de sua rara inteligência, enfrentar o staus quo ante, tentando fazer nascer uma nova ordem.
No texto que se seguirá, Wilde nos confessa quais critérios, para si, adotava para diferenciar os denominados Loucos dos ditos Santos...ou será que não existem tais critérios??
"Loucos e Santos.
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."