segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Se Dilma não emplacar, Lula quererá ser Chaves.

Há alguns dias, escrevi nesse espaço que a plástica a que foi submetida D. Dilma, a Chefe da Casa Civil do Governo Federal e a preferida do Presidente Lula à sua sucessão, poderá salvar a Democracia à Brasileira que vigora em nosso País.

O processo de "rejuvenescimento" da imagem de D. Dilma tenta, também, dar um certo ar novidadeiro à sua pseudo-candidatura, como se Dilma fosse a "verdadeira novidade" do processo eleitoral que está por vir, em detrimento à José Serra, seu mais provável oponente, figurinha carimbada dos últimos processos eleitorais de relevo no Pais.

Escrevi que a plástica a que foi sumetida D. Dilma poderia salvar o processo eleitoral do ano que virá. E reafirmo tal pensamento. Mas agora, ao menos, não estou mais sozinho, como reportado pelo jornal "O Estado de São Paulo" do último Domingo.

Se a "comprada" jovialidade de Dilma se reverter em percentuais de votos nas pesquisas de intenção que estão sendo quase que mensalmente divulgadas pelo órgãos de comunicação, alcançando, ainda neste primeiro semestre, um percentual entre 15% e 20% do eleitorado, ela será confirmada como candidata do PT na marcha eleitoral de 2010.

Contudo, todavia, entretanto....se D. Dilma não alcançar esses percentuais, o próprio PT admite que será praticamente impossível sustentar a sua candidatura, como noticiado no "Estadão".

E quais seriam as alternativas ao PT numa "catástrofe" destas?

A primeira alternativa, que não é bem-vista pelos setores mais radicais do PT, seria "jogar xadrez" com a oposição, levando o PSDB e o DEM a reafirmarem a sua tradicionalíssima aliança em torno de José Serra. Confirmada a candidatura Serra à Presidência o jovem e promissor Governador das Minas Gerais, Aécio Neves, capa da "IstoÉ" deste fim-de-semana, ficaria com um bico enorme e dificilmente "administrável" pelo Tucanato.

Assim sendo, o nosso Presidente Molusco, hábil como só ele, se aproximaria ainda mais do bicudo Aécio, convencendo-o a abandonar as trincheiras tucanas e a aderir à ala "progressista" do PMDB, aquela que dá sustentação política ao Governo Lula no Congresso Nacional, capitaneada pelos "super-modernos" José Sarney e Michel Temer.

Nesse caso, Aécio se filiaria ao PMDB com a promessa de que seria o candidato do "partidão" à Presidência em 2010. E Lula forçaria todas as peças do seu tabuleiro político para que o PT se unisse ao PMDB, lançando, para a sua sucessão, a chapa "Garoto-prodígio - Mãe do Pac", ou "Aécio-Dilma", como preferirem.

Essa hipótese seria, diga-se, excepcional para a Democracia Brasileira, fortalecendo o processo eleitoral do ano que virá sobremaneira. Mas, contudo, todavia, entretanto...

Se Aécio, mesmo com bico, resolver baixar a crista e aceitar o que parece óbvio (que não tem chances frente ao poderio de Serra no PSDB) sem abandonar o Tucanato, a situação de Lula, no caso da candidatura Dilma não decolar, se complicaria.

E quem assistiu televisão neste último fim-de-semana já pode imaginar qual seria a solução "mágica": uma saída "à la Chaves". E não nos referimos ao simpático amigo do Quico. O "democrático" Presidente da Venezuela, Hugo Chaves, conquistou, neste último Domingo, o "direito" a disputar reeleições em número indefindo. Ou infinitamente, como preferirem.

Ou vocês acreditam que as pesquisas de opinião que estão sendo divulgadas pela mídia em geral, conferindo ao Presidente Lula mais de 80% de aprovação popular, estão assim sendo realizadas e divulgadas por acaso?

Quem viver, verá!





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