terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Vale a pena gerar uma batalha diplomática com a Itália por conta de Cesare Battisti?

Nos últimos dias, todos os que acompanham os principais noticiários do País, e os e boa parte do Mundo Ocidental, receberam informações sobre uma disputa diplomática envolvendo Brasil e Itália.

Dois Países que sempre mantiveram boas relações diplomáticas por conta de suas História se interligarem, em função do processo de emigração de italianos ao Brasil durante os Séculos XVIII e XIX, estão em pé-de-guerra em função de um único Homem: Cesar Battisti.

Normalmente, para que um único ser humano interfira de forma tão contundente na História, se faz necessário que o mesmo demonstre-se uma pessoa extremamente relevante em algum aspecto da vida humana. Foi assim que líderes guerreiros interferiram na História da Humanidade. Da mesma forma os gênios das Ciências e os gênios da Política. Mas Battisti não pode ser alçado a esta condição, sob pena de ofendermos a História e a nós mesmos.

Battisti foi ou é, nunca se sabe, um dos líderes da esquerda mais estúpida da História: aquela que acredita que atos de violência injustificada são capazes de seduzir às pessoas comuns aos ideais socialistas.

Na Itália, é acusado de práticas quase que impraticáveis a um ser humano ordinário, desde "meros" assassinatos até o abuso sexual de um incapaz. Neste ínterim, temos explosões de bombas em cenários públicos, matando ou aleijando pessoas comuns, que não guardavam qualquer relação com a "luta política" italiana.

Battisti foi condenado em todas as instâncias da Justiça Italiana. Suas condenações foram confirmadas até mesmo pelas mais altas Cortes Internacionais de Justiça. Ao perceber que a sua "ideologia" não dispunha mais de "espaço" no Primeiro Mundo, resolveu fugir ao sempre bucólico Terceiro Mundo, de praias espetaculares, cenários deslumbrantes e mulheres idem. E escolheu, para gozar dessa sua "fuga", nada mais, nada menos do que a nossa Republiqueta, o Brasil.

De repente, meio que sem querer, a Polícia Federal do Brasil prendeu Battisti em um dos Aeroportos tupiniquins. E nesse instante, começa a atual batalha diplomática.

Detido, com deveria ser, em razão de ordens internacionais de captura expedidas pela Itália, Battisti foi levado a uma Prisão Federal, de Segurança Máxima.

Seus advogados, tentando evitar a sua deportação à Itália, onde cumpriria suas múltiplas penas, ingressaram com um pedido de concessão de asilo político perante o Ministério da Justiça do Brasil.

Nosso Ministro da Justiça, Dr. Tarso Genro, analisando "pormenorizadamente" a questão, resolveu conceder o pleiteado asilo a Battisti, justificando seu ato, entre outros fundamentos, sob a alegação de que não teria sido respeitado o legítimo direito de defesa ao requerente nos processos que tramitaram perante a Justiça Italiana. Entendeu o Ministro que as condenações inferidas a Battisti tinham fundo político, e não técnico. Uma tremenda bobagem.

Tramitava, paralelamente ao pedido de asilo político, no Supremo Tribunal Federal, o pedido de deportação de Battisti, requerido pela Chancelaria Italiana no Brasil, em nome da República. Pelo ordenamento jurídico em vigor, se a decisão do Ministério da Justiça fosse ratificada pelo Presidente Lula, em Ato do Príncipe (tecnicamente falando), o processo em trâmite no STF perderia o objeto e seria extinto, necessariamente.

A Itália, diante desta situação, se moveu. Internamente, membros do Governo e do Congresso Italiano se pronunciaram, evidenciando a indignação com a concessão de asilo político a Battisti pelo Brasil. Em nossas terras, a Diplomacia italiana também de movimentou, pressionando politicamente a Presidência da República e o STF.

O movimento perante o STF parace ter surtido efeito. Para embananar a já complicada situação ainda mais. O brilhante, porém esquisito, do ponto-de-vista político, Ministro Gilmar Mendes, Presidente da mais alta Corte Brasileira, resolveu encaminhar os autos do processo de extradição ao Procurador-Geral da República, Dr. Antonio Fernando da Costa, requisitando um "parecer" sobre a situação. Movimento este extremamente desnecessário, politicamente falando.

Na correria, então, para "ratificar" a decisão de seu Ministro da Justiça, a Presidência da República, na figura do Presidente Lula, confirmou o tal asilo político à Battisti. Outra bobagem, politicamente falando.

Como o "Ato do Princípe" estava determinado, o Procurador-Geral da República devolveu os autos ao STF, informando que, tecnicamente, deveria o processo ser extinto, por perda de seu objeto. Como não poderia deixar de ser.

A confusão, desta forma, instalou-se. Hoje, dia 27 de janeiro de 2009, como corolário desta imbecilidade, o Governo Italiano chamou de volta ao seus Território o seu Embaixador no Brasil. Segundo fontes oficiais do Governo Italiano, não se trata de uma retirada definitiva, mas de uma temporária, para discussões sobre os procedimentos a serem adotados.

E agora, por conta de uma sucessão imbecil e injustificada de atos, dois Países irmãos estão em pé-de-guerra. Ainda que seja uma guerra diplomática.

Os Governos dos dois Países são, atualmente, no mínimo, lamentáveis. De um lado, o nosso, temos Lula, um Presidente que "surfou" durante seis anos de seus mandatos seguidos na "boa onda" da economia global e que agora, diante da maior crise da História Moderna da Economia, acha que isso tudo será somente uma "marolinha", demonstrando toda a sua "capacidade de governar". De outro, dos nossos "fratelli", está Berlusconi que, dentre muitas histórias ridículas, e que envolvem até desfalques em suas empresas, achou Barack Obama bonito e "bronzeado"...

Mas nós, meros cidadãos brasileiros e italianos, que não temos nada a ver com essa ridicularidade, estamos, no mínimo, assustados: o que poderá ocorrer conosco, que adoramos passear pelas Praias do Nordeste brasileiro, sambar em seu impressionante Carnaval, tomar um delicioso "spresso" na Piazza Novona, ouvir os gondoleiros de Venezza ao passear por seus canais, tomar vinho, comer uma deliciosa macorranada, tomar caipirinha e comer feijoada??

Vale a pena colocar toda esta co-influência cultural em perigo? O que será dos nossos jogadores de futebol que atuam pelas agremiações da "Botta"? E o que será da FIAT, por exemplo??

Mais uma vez, Lula e Berlusconi, estes dois trapalhões, que se entendam. E ai se tirarem a minha "lasagna" e o meu Bardolino da mesa...aí o bicho vai pegar!!










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