quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Dignidade

O que, em verdade, significa o termo? Segundo a maioria dos bons dicionários da Língua Portuguesa, dignidade seria "a qualidade de quem ou daquilo que é digno; respeitabilidade; nobreza; elevação dos sentimentos; purdonor; seriedade; honraria; título; posto eminente de cargo elevado; autoridade moral."

Como se percebe, trata-se de um termo complexo, que encarta, em si, outros termos que mereceriam também definição. Definir o que é dignidade, portanto, vem a ser tão ou mais difícil do que agir condignamente.

Dentre todos os termos que visam determinar o que seja "dignidade", destaco dois: nobreza e autoridade moral. A mim, especialmente, agir com dignidade significa atuar com nobreza. E agir com nobreza não é, deveras, uma tarefa das mais fáceis. Elevar seus pensamentos, seu espírito, suas atitudes, perdoar. Poucos são capazes te tais atos e essa é a verdadeira autoridade moral.

A autoridade moral que costumo respeitar, portanto, não é aquela típica dos "senhores da razão". Esses, aliás, procuro evitar, repulsar, pois os que se acham sabedores de tudo e sobre todos são, em verdade, imbecis completos. A vida é, naturalmente, uma ferrenha e contumaz Mestra, nos ensinando a viver a cada dia. Como pode alguém, ainda no curso da vida, sem esgotá-la, achar-se conhecedor de tudo, "senhor da razão"? A esses imbecis deveria ser impingida uma drástica pena, tal qual VIVER. É; viver. Deve ser sobremaneira doloroso a uma pessoa com este perfil viver e aprender, a cada dia, um fato novo quando se achava sabedor de tudo...

Por mais que tentemos, acredito que nobreza, por seu turno, não se explica. É sentida, percebida. Tive a fortuna de conhecer, até hoje, muitas pessoas nobres. Nenhuma delas é nobre em razão de algum título, tampouco pelo que possuem. São natural e espontaneamente nobres. Erram e reconhecem seus equívocos. Perdoam a si mesmos e aos outros com certa facilidade, fluidez. Adoram a dádiva de viver e aproveitam tal com uma saudável e cativante intensidade. Não precisam de bebidas, drogas ou outros alucinógenos para compreenderem como é maravilhoso o presente divino da vida. Se bebem, se drogam ou alucinam, o fazem por que querem, e não por querer transformar a vida em algo ilusório e inatingível!

Essas nobres pessoas que conheci, sem excessões, são e serão, sempre, dignas.

A busca pela mínima dignidade demanda de um fato: não se esqueça, jamais, que a máxima dignidade advém do respeito. Aprender a respeitar, a tudo e a todos, é buscar a dignidada.

Não sou digno, certamente, ao ponto de poder ensinar alguma coisa a quem quer que seja. Mas sou suficientemente digno para lhes rougar: não se esqueçam de suas Histórias de vida. Respeitem-nas. Agindo assim, estaremos cada vez mais próximos dos dignos e dos nobres.







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