A gente insiste em complicar as coisas.
Acreditamos que a Vida, na sua plenitude, seja um jogo permitido apenas e tão-somente a alguns iniciados. Para todos nós, reles mortais, acreditamos que resta a sobrevivência, não a vivência.
Geramos paradigmas inacalçáveis de felicidade, de realização. Hoje em dia, cremos que o TER possibilita o alcance do SER.
Mas essa equação, gerada em nossa mente, nada mais é do que o ápice da estupidez e da auto-destruição.
Estupidez, sim, pois não são todos os seres humanos que se apresentam aptos a TER. Auto-destruição também, por que criamos a falsa expectativa de que podemos indiscriminadamente TER, nos decepcionando firmemente quando não atingimos este estágio, o de detentores, donos ou possuidores de tudo aquilo que possa ser tocado.
A VIDA, essencialmente, é de uma simplicidade assustadoramente rudimentar! E essa mania de grandeza dos Humanos, a de se achar superior a tudo, podendo, assim, do alto, analisar e explicar o todo, é que torna a VIDA complexa, retangular, cheia de cantos.
A VIDA nada mais é do que um sonho. O sonho mais bonito e perfeito que a nossa intelectualidade oculta pode permitir. Mas nada mais do que um sonho.
E se é sonho, nele podemos tudo e o todo.
Se é sonho, podemos dispor de tudo e do todo, cultivando o desapego.
E se é sonho, é simples. Mesmo que pareça complicado, haja vista ser apenas...sonho.
Assim como sonhar ter um lugar de mato verde, para plantar e para colher, tendo nele uma casinha branca, de varanda, com quintal e uma janela, só para ver o Sol nascer. Todos os dias. Ou noites. Sonhadas.
Simples assim.
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